Influenciadores se transformando em marcas
Influenciadores se transformando em marcas: marca própria, licenciamento, colaborações... Qual caminho é o melhor?
Você já deve ter ouvido a notícia de que Bianca Andrade, fundadora da Boca Rosa Beauty, concluiu parceria com Payot após cinco anos e está prestes a embarcar em uma fase solo de sua empresa. O cenário para influenciadores está evoluindo além da mera promoção de produtos para vendê-los ativamente, uma tendência que está ganhando força entre os criadores de conteúdo.
De acordo com o estudo Celebrity Brands da empresa de inteligência de mercado Circana (uma fusão entre NPD e IRI), só no setor de beleza, o número de produtos assinados e lançados por celebridades e influenciadores aumentou de 1.313 em 2020 para 2.092 em 2022, um crescimento de quase 60%.
Existem várias maneiras pelas quais os criadores de conteúdo podem criar produtos. Algumas estratégias adicionais incluem:
Marca própria
Os criadores desenvolvem produtos com sua própria marca desde o início. Isso pode incluir produtos físicos, como roupas ou acessórios, bem como produtos digitais. Ter sua marca permite controle total sobre a qualidade e identidade do produto.
Licenciamento
Os criadores de conteúdo podem licenciar sua marca ou conteúdo para outras empresas, permitindo-lhes criar e vender produtos relacionados. Por exemplo, um personagem de desenho animado popular criado por um YouTuber pode ser licenciado para brinquedos, roupas ou jogos, gerando receita para o criador original por meio da venda desses produtos licenciados.
Collabs (colaborações)
Os influenciadores frequentemente colaboram com outras marcas ou criadores para criar produtos exclusivos. Por exemplo, um criador de beleza pode colaborar com uma marca de cosméticos para lançar uma linha de maquiagem exclusiva, combinando ideias criativas e o alcance de ambas as partes.
White label (etiqueta branca)
Os criadores de conteúdo podem usar produtos de marca branca vendendo itens produzidos por outras empresas sob sua própria marca. Por exemplo, um criador de conteúdo fitness pode vender suplementos nutricionais produzidos por um fabricante terceirizado, colocando seu próprio rótulo no produto.
Assinaturas e Associações
Criação de uma comunidade exclusiva ou programa de associação onde os fãs pagam uma taxa mensal para acessar conteúdo premium, fóruns de discussão, webinars ou outros benefícios exclusivos.
Eventos e Workshops
Organização de eventos presenciais ou online, como workshops, seminários ou conferências, onde os seguidores possam participar e interagir diretamente com o criador do conteúdo.
Merchandising
Criação de uma linha de produtos de merchandising, como camisetas, bonés, canecas e outros itens, com a logomarca do criador ou frases populares. Esses produtos podem ser vendidos online ou em eventos ao vivo.
Aplicativos e jogos
Desenvolver aplicativos ou jogos relacionados ao conteúdo ou tema do criador. Um exemplo seria criadores de conteúdo voltados especializados em alguma área de atuação, como médicos, por exemplo, podem lançar um aplicativo ou um jogo educativo relacionado à saúde.
Consultoria e Cursos Online
Oferecer serviços de consultoria ou criar cursos online pagos para ensinar habilidades específicas relacionadas ao nicho do criador, como marketing digital, fotografia ou redação criativa.
Podcasts e produtos de áudio
Criação de podcasts ou produtos de áudio exclusivos, como meditações guiadas, audiolivros ou músicas originais, que podem ser vendidos ou disponibilizados aos assinantes.
Estas são apenas algumas ideias, e a escolha do produto dependerá do nicho do criador, dos interesses do seu público-alvo e das competências e recursos do criador. O segredo é entender o público e oferecer produtos que agreguem valor à sua experiência.