Como fechar Publi com grandes marcas?

Como fechar Publi com grandes marcas?

Atualizado em:
17/12/2024 19:57

O mercado brasileiro amadureceu. Criadores e influenciadores com estrutura e inteligência saem na frente nos acordos comerciais. Entenda como fazer.

O setor de marketing de influência movimentou 16 bilhões de dólares no mundo, em 2022.  Todos os dias, milhares de influenciadores e influenciadoras fecham publicidades, parcerias e emprestam suas reputações e criatividades para marcas nacionais e internacionais.

O Brasil é o país com maior número de influenciadores no Instagram, por exemplo. São mais de 10,5 milhões de pessoas, uma comunidade maior que a dos moradores do Rio de Janeiro, segunda cidade mais populosa do país.

E você, criador de conteúdo/influenciador, como está a sua área comercial? Já está fechando bons negócios?

Se você precisa de ajuda, esse texto vai te apresentar insights que nosso time de comercial tem percebido e aprendido no dia a dia da Play9.  Empresa com quatro anos de solidez no mercado e que tem garantido bons contratos para cada pessoa do seu casting.

Onde a galera tá errando…

Ok, todo mundo sabe que no início é bem complicado. Tem muita conta pra pagar e só a informação de que uma marca está interessada em anunciar com você, já se torna determinante para você já dizer sim e se comprometer com 1500 entregas.

Mas será que todo contrato vale a pena?

Segundo nossos especialistas, não.

Mesmo que seja para faturar, você precisa pensar, estudar e ter uma estrutura.

E que estrutura é essa?

É fundamental que você se enxergue como um negócio. Tenha uma postura profissional e que tome decisões com base em dados, não apenas seguindo instintos ou o famoso “feeling”.

“Para ter embasamento precisa de pesquisa, análise e estudo. Cada um tem seu método, mas estar informado sobre como seu perfil funciona é importante. Pesquisando você vai entender as especificidades do mercado. Vai perceber que dentro desse mercado existem muitos influenciadores que podem ser concorrência. E vai descobrir que, cada vez mais, o mercado procura criadores com boa estrutura e bom atendimento. Isso significa: criadores que tirem suas dúvidas, se conectem com o mercado e entendam o que ele precisa. O criador de conteúdo/ influenciador precisa entender que ao fechar um negócio, está num namoro. E em qualquer relação é importante perceber se a marca faz sentido pra você e se você faz sentido pra marca”, explica Débora Maia, especialista comercial na Play9, com experiência de 15 anos no mercado audiovisual.

OK, mas como criar essa “estrutura”?

PESQUISA

Você deve pesquisar o mercado. Entender quem são os criadores que estão no mesmo lugar que você. Estudar a concorrência mesmo. Quando você tem essas informações, consegue compreender, por exemplo, os valores praticados e fechar contratos que sejam benéficos e realistas.

POSICIONAMENTO

Você precisa ser capaz de entender onde você está posicionado. Porque não dá pra ir com muita sede ao pote se você não oferece um serviço especializado. Você sabe como seu público reage a cada tipo de publicação? Tem observado o que engaja mais? Lembre-se: ter um alto número de seguidores não é importante para todas as marcas, em todos os lançamentos. O número de seguidores não determina o seu valor, entenda logo isso.

CONHECIMENTO DO MEU PÚBLICO

Seus seguidores vão entender a publicidade contratada? Não é só sobre dinheiro. Você está construindo sua marca diariamente, então não adianta fechar uma publi que nada tenha a ver com seu conteúdo. Seus seguidores vão perceber que você está forçando uma barra pra ganhar dinheiro e não vão engajar. Por consequência, o resultado da publicidade não será atingido. Consegue perceber o ciclo vicioso?

DICA EXTRA PARA QUEM TÁ NO INÍCIO DA CARREIRA!

Você pode aceitar alguns trabalhos para entender mais do mercado e colocar a mão na massa, mas sempre o faça com senso crítico. Isso até pode te ajudar na formação do seu conteúdo. Porque as marcas podem te mostrar que existem outras possibilidades para seu talento e talvez você até ajuste o seu material para algo mais rentável, sem a perda de sua essência. Dar passos pensados vão te ajudar nos médio e longo prazos, é o que defende Debora Maia:

“O posicionamento não vem da noite para o dia. É algo que você vai criando e que vai te ajudar a definir seus objetivos. Às vezes, você tem uma meta muito distante, mas tem objetivos do dia a dia que você vai costurando pra conseguir chegar aonde você quer. Que é se posicionar de uma forma que seja boa para você e também para algumas marcas.”

Não se esqueça: seu trabalho precisa ter fôlego por alguns anos, e para ter uma bom posicionamento é preciso inteligência, constância e respeito pela sua verdade.

Ok! Encontrei a marca, demos match e agora?

Existe um checklist básico para te ajudar nesse momento:

  1. Nome da Marca
  2. Nome da Ação
  3. Período de Veiculação da Campanha
  4. Tamanho do escopo
  5. Liberdade criativa
  6. Cessão ou Licenciamento

1) Nome da Marca. O que as pessoas falam sobre essa empresa? As pessoas já conhecem esse produto ou serviço? Essa marca já se envolveu em alguma polêmica? Bota o Google pra funcionar!

2) Nome da Ação. Converse com o time que está te contratando e peça para te enviar as informações por escrito para você não errar ou esquecer. Deixe tudo documentado por e-mail ou mensagem escrita no Whatsapp. Nomes são importantes!

3) Período de Veiculação da Campanha. Isso aqui é super sensível! Uma marca que vai usar sua imagem e suas ideias por um mês vai pagar um valor totalmente diferente caso ela veicule a ação por seis meses. Não dá mole aqui!

4) Tamanho do escopo. Você vai dar conta de entregar 555 stories, 32 reels e um post estático, em 15 dias, sem cansar seu público? Vai conseguir fazer isso e dar conta da sua produção orgânica? Preste atenção e não se comprometa com algo que pode atrapalhar sua reputação.

Muitas vezes, não sempre, as marcas aceitam diminuir esse escopo quando você mostra pra elas que o número de entregas está cansativo e que não vai gerar engajamento. A marca que for inteligente vai ficar feliz por poder contar com seu conhecimento para ajustar a campanha e obter melhores resultados. Viu como é importante você se ver como empresa e pesquisar para ter embasamento até para argumentar com o cliente?

E aqui uma diquinha extra: Nesse momento peça a conhecida lista de “Do's and Dont's” da marca. Essa lista contém o que a marca recomenda e não recomenda fazer em sua comunicação. Assim você vai evitar errar ou usar palavras, nomes ou expressões que a marca não usa. Com essa lista você consegue diminuir o número de refações e diminui o estresse na hora de aprovar as peças encomendadas.

5) Liberdade Criativa. Deixe isso bem combinado com quem te contratou. Você vai poder criar ou vai ter que seguir um roteiro pré-aprovado? O combinado não sai caro!

6) Cessão ou Licenciamento. Isso aqui pega demais! Por favor, preste atenção! Se você escolher por cessão de direitos autorais e de imagem sem um período determinado, a marca vai poder usar sua imagem e criação por quanto tempo quiser e o que você criou pode passar a ser de propriedade da marca contratante.

Já o licenciamento é um acordo que permite o uso da obra por terceiros, mas o titular mantém os direitos autorais ou os divide com o cliente.

Entendeu? Preste muita atenção nisso, por favor!

Aqui no PlayNest, por exemplo, temos o entendimento de que o influenciador é co-criador da obra e por isso precisa ser creditado em todas as publicações.

Negocie e leia o contrato com atenção antes de assinar. Vale a pena contratar um especialista para ler o documento para garantir que você não esteja se metendo numa furada.

“É importante o influenciador entender que ele deve partir do ponto de vista que o conteúdo é uma produção de propriedade dele, portanto, caso a marca queira se apropriar e utilizar o conteúdo, isso sempre precisa ser negociado e acordado entre as partes”, explica Rafael Augusto Evangelista, executivo comercial na Play 9 com cinco anos de experiência na área comercial.

Tantas regras, influenciadores… Será que ainda vale a pena trabalhar com marketing de influência?

Especialistas acreditam que sim, mas vale sempre a reflexão sobre se esta é a área onde você vai encontrar reconhecimento e felicidade. Se for, vá em frente! As projeções para 2023 e 2024 são animadoras.

Quando observamos o comportamento do consumidor, 95% dizem preferir comprar de marcas que tenham um posicionamento bem definido, e para atingir esse posicionamento, as marcas precisam investir em marketing. Por isso, em 69% das empresas há a previsão de aumentar o valor investido nessa área, em 2023 e 2024.

“O Mercado está em alta e acredito que deva crescer mais e mais. Hoje o marketing de influência é parte integral da estratégia das marcas e com a crescente adesão do público geral nas plataformas como Instagram, Tiktok, Youtube, impacta milhares de pessoas diretamente. Portanto, acredito que vale sim! Seja do ponto de vista de marca, do ponto de vista da agência e/ou do ponto de vista do criador!”, finaliza Rafael Augusto Evangelista.

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